quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

INTRODUÇÃO

Os africanos eram animistas, isto é, atribuíam alma a todos os fenômenos naturais e procuravam efetivá-los por meios de práticas mágicas. Ao contrário do que se pensavam, eles cultuavam um só Deus (OLODUMARÈ) e sua corte celestial. Associavam suas vidas à vida da natureza numa comunhão entre deuses e homens. Temiam e amavam a água, que os afogava e aplacava suas sede, o fogo, que os queimava e aquecia, o sol, que seca a terra e os iluminava, e assim por diante. Nada acontece por acaso e todos os fenômenos da natureza têm uma explicação lógica. Conseqüentemente, os fenômenos podem ser alterados, propiciados, estimulados e impedidos se uma atividade mística for observada.

A entrada na comunidade do Candomblé obriga o iniciante a um longo período de vivência no grupo. Deve observar com a cabeça e olhos baixos sem demonstrar que está atento ou interessado demais, são preciso paciência e muito trabalho, atenção às conversas, cantigas, danças, gestos e palavras. Com o decorrer do tempo e definitivamente aceito como iniciado é que passará a receber maiores informações, que resultarão num aprendizado dos rituais e mitos. Este aprendizado será transmitido oralmente, pois a palavra tem o poder de veicular À. Os textos falados ou cantados, expressão corporal, gestos e objetos simbólicos são um conjunto de significados e revivem as histórias de tempos imemoriais.

O presente trabalho visa preencher lacunas das literaturas especializadas sobre o culto do Candomblé do Kétu e, o interessado ou "escolhido" como filho ou filha-de-santo pelo Orixá, irá ter uma idéia do que é a Religião dos Orixás.


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